Orgasmo: fingir ou não? Conheça os testemunhos das famosas!

Embora a palavra orgasmo remeta para a explosão de prazer, na verdade, ainda são muitas as mulheres que se fecham em copas sobre este assunto, por educação ou vergonha. No filme Boa Sorte, Leo Grande, Emma Thompson interpreta uma viúva que nunca teve um orgasmo e contrata um jovem prostituto para satisfazer este seu desejo. Prazer que, por certo, será comum a muitas mulheres.

Um estudo de comportamento sexual realizado pelos investigadores britânicos Gayle Brewer and Colin Hendrie dá conta de que 92% dos elementos femininos admitiram já ter fingido o clímax apenas para apoiar a autoestima do parceiro e 66% confessaram ter usado gemidos para acelerar o fim do ato.

Susana Dias Ramos, psicóloga de A Ex-periência e atual comentadora de O Triângulo, da TVI, afirmou recentemente que o pior erro das mulheres é fingir o orgasmo. Marta Cardoso questionou Cinha Jardim sobre o assunto e a socialite falou abertamente sobre o tema, dizendo que concordava, embora ache que, muitas vezes, é necessário. “Quando não me apetece nada, imaginem, e ele quer muito, muito… Para não deixar que ‘ele’ se sinta rejeitado”, começou por defender Cinha, acrescentando: “Torna-se uma coisa agradável, mas não tão apetecível para se chegar lá.

A mulher tem de ter uma predisposição e estar bem para conseguir chegar ao orgasmo.” A digital influencer brasileira Bruna Gomes, também presente em estúdio na altura, deu a sua opinião: “Acho que, às vezes, é uma forma de não dececionar o parceiro. Talvez seja mais fácil fingir. É horrível, mas acontece. Mais pelo motivo de não desanimar e estimular o outro.”

“Podes vir-te tu só”

Após estas declarações, os comentadores do Passadeira Vermelha, da SIC Caras, abordaram a temática e Sara Norte discordou da de Cinha, de 66 anos. “Nós [mulheres] não temos de fingir nada, acho que as pessoas têm de ser verdadeiras em todos os aspetos da vida”, afirmou a atriz, sublinhando que não é fácil atingir o máximo prazer.

“Pelo menos, eu falo do meu caso. Muitas vezes, eu não tenho orgasmo e o meu namorado tem, e não é por isso que… Agora, eu vou estar a fingir para ele não se sentir rejeitado?”, questionou em forma de desaprovação.

“Às vezes, estou com o meu namorado e ele pergunta-me sempre: ‘Queres-te vir?’ E eu: ‘Podes vir-te tu só.’ E já está, as coisas têm de ser dialogadas. Mas sim, às vezes a mulher não está com tanta vontade, mesmo numa relação”, rematou a filha de Vítor Norte, que está com Vasco Vala há seis anos. Também em tempos, neste programa do canal de Paço de Arcos, Maria Botelho Moniz surpreendeu os colegas presentes quando Liliana Aguiar afirmava que muitas mulheres “fingem ter orgasmos para satisfazer o companheiro”.

Opinião corroborada por Joana Latino: “Que atire a primeira pedra a mulher quem nunca fingiu um orgasmo.” Nisto, a atual apresentadora do Dois às 10 atirou: “E assim termino este tema. Eu!” Já Margarida Aranha, ex-concorrente do Big Brother, chegou a revelar que teve o primeiro orgasmo com 23 anos. “Já tinha tido, mas não sabia. Continha-me muito, porque aquilo para mim era uma coisa fora do normal.”

“Aprendi os meus truques”

Aos 56 anos, Halle Berry admite que aprendeu muito sobre o prazer sexual com os homens. “Mas sabe aquela coisa de a mulher ser responsável pelos seus próprios orgasmos? É verdade. Isso torna-me responsável por orgasmos muito bons hoje em dia. Orgasmos muito melhores do que quando eu tinha 22 anos”, afirmou a atriz à revista Esquire, reconhecendo que, se fosse hoje, não deixaria nenhum parceiro controlar isso. “Agora, convidava-o a participar. Aprendi os meus truques e sei do que gosto”, adiantando que, mais do que a frequência, o que conta é a “intensidade”.

“Demorei anos para conseguir”

Deborah Secco, de 43 anos, fala sem tabus sobre a vida íntima. Em conversa com Daniel Oliveira no Alta Definição, falou da sua odisseia para atingir o clímax. “Foi muito difícil ter um orgasmo por penetração. Demorei muitos anos para conseguir”, disse, revelando ainda que só foi possível porque fez vários cursos de pompoarismo (exercícios que fortalecem os músculos do soalho pélvico) e encarou o sexo como algo natural, “igual a beber água”.

Orgasmo: focque-se no Ponto C

Somos todas diferentes, mas, para muitas mulheres, o orgasmo é a “cereja no topo do bolo” numa relação sexual. No entanto, a sexóloga Marta Crawford afiança que o caminho para lá chegar é o mais importante. “Uns são bons, quando tudo o que faz para lá chegar é manifestamente bom. Não devem preocupar-se com a mecânica do orgasmo e o ponto de chegada. As mulheres, por exemplo, demoram mais tempo a atingir o clímax”, revela a especialista. E adianta: “Se for tudo muito rápido, mesmo que atinja o orgasmo, este será sempre com um ‘o’ pequeno. Para ter um orgasmo com todas as letras grandes é preciso muito investimento.”

Marta Crawford aconselha os parceiros a esquecerem o ponto G e focarem-se no C. Curiosa? Então, tome nota… “O ponto mais importante é o clitóris, o único órgão que tem como função dar prazer à mulher. Quem não o utiliza no seu jogo amoroso, só terá a perder (…) O erro passa pelo pressuposto de que as mulheres devem ter prazer através da penetração. Isto não é verdade”, alerta a sexóloga, para logo esclarecer: “70% das mulheres têm mais prazer através da estimulação clitoriana. O pénis não está para a vagina, está para o clitóris. Muitos homens já percebem que para conseguirem dar prazer à mulher têm de dedicar-se à causa, estimulando o clitóris, outros acham que isso dá uma trabalheira e elas são umas esquisitas…”