Quando pensamos em férias, associamos a relaxe, tempo útil, diversão e estar com amigos. Mas depressa despertamos para a realidade. E se for como no ano passado? “Oh mãe, olha ele”; “pai, ele bateu-me”;
“quando chegamos? Quando vamos embora?”; “não quero estar na praia, quero ir para piscina!”; “para quieto!”; “olha o que fizeste”; “vais de castigo!”.
Infelizmente, as birras, a “choraminguice”, “os amuos”, o “beicinho”, os confrontos e as repreensões podem arrasar a paciência mas há algumas ferramentas que ajudam.
Eles espelham-nos
Os miúdos são o espelho do nosso comportamento. O que faz nas férias? Está no telemóvel? Joga PC, telemóvel ou tabuleiro? Vê TV? Ou é mais do género de passar o dia na praia, parques, descobrir locais novos e aventuras? Ir ao cinema? Estar com amigos? O que a faz sentir tranquila?
Sem gritos
Quanto mais nós gritamos, mais eles gritam. Tente ignorar as discussões deles. E quanto a si, evite gritar, dê ordens curtas, diretas e num tom de voz baixinho.
Volte ‘mais tarde’!
Quando um dos seus filhos fizer birra, deixe-o ali, vire costas e ignore. Depois, com calma, abrace-o e questione o que ganhou com aquele comportamento e como deve comportar-se. Sabe por que razão eles fazem birras? Porque deixamos.
Tempo só para os mais pequenos
Tire 30 minutos a uma hora do dia para dar atenção em exclusivo ao seu filho. Aí, não há telemóvel ou conversas com outra pessoa. É brincar, jogar, falar, andar de bicicleta, ou caminhar só com ele/ela, aquilo que a si, também a fizer mais feliz, ou lhe dê prazer. A criança vai perceber que este é um tempo só dela.
Ser tolerante
É crucial ser flexível e ter tolerância nas férias, só assim não compramos discussões. Além disso,
as férias, são exatamente para sair da rotina do quotidiano.
Oportunidades
Olhe para o período de férias como tempo de oportunidades. Oportunidade de novas experiências, de descobertas, aprendizagens, partilhas, de tempo de qualidade, mas essencialmente de fortalecimento dos laços emocionais. Se cumprir, é natural que regresse de férias mais tranquila.
Até onde pode ir
Mantenha regras básicas e algumas rotinas de horários. As crianças precisam de balizas para se saberem comportar e perceber até onde podem ir. Uma criança com sono ou fome vai fazer birra mais facilmente. A sesta faz sempre bem, torna-os mais calmos, e por outro lado, enquanto eles descansam, nós aproveitamos para recuperar.
Brincar com os imprevistos
Ultrapasse desafios a brincar. Imprevistos e situações novas acontecem. “Furo no pneu? Vamos brincar aos mecânicos!”
Incentivos
Substitua o castigo por incentivos. “Se te portares bem, como sei que consegues, amanhã vamos à praia”, por exemplo. E não o habitual “vais já de castigo!”
Respire fundo
Tenha paciência, se discutir vai criar uma bola de neve. Respire fundo.
Simplicidade
Nas roupas que leva, no que come, nos programas que se fazem, nos compromissos… O objetivo é não nos chatearmos.
Programas simples
Fazer coisas diferentes das habituais, atividades e programas alternativos. Se escolherem programas simples, os pais podem também descansar e “respirar”.
Texto: Revista Maria; Fotos: Pixabay e Shutterstock
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