13 Reasons Why está no top 10 das séries mais polémicas da Netflix. A história da jovem Hannah Baker, que se suicida e deixa cassetes a várias pessoas nas quais explica de que forma estas contribuiram para a sua decisão, fez correr muita tinta em 2017, aquando da estreia da primeira temporada. Esta sexta-feira, a quarta e última leva de capítulos chega à plataforma de streaming com uma mensagem de esperança.
«Ninguém escapa ao próprio passado, mas será que podemos curar, podemos lidar com o que fizemos e com o que foi feito connosco e podemos encontrar uma maneira de seguir em frente e ter um futuro?». começou por questionar o showrunner da trama, Brian Yorkey.
O responsável deu a resposta, explicando que, ao contrário das anteriores, esta última temporada não é composta por 13 capítulos, mas apenas 10, os «necessários» para a conclusão de todos os mistérios. É com esses que 13 Reasons Why fará sobressair uma mensagem de esperança, deixando para trás os momentos mais sombrios que tanta polémica geraram.
Veja o trailer:
«Queríamos terminar a série com esperança. Tudo começou com Hannah Baker a não ser capaz de a ter e, por isso, queríamos acabar vendo as restantes personagens capazes de a sentir, capazes de enfrentar a escuridão e de sair dela. Espero que tenhamos conseguido», acrescentou.
Uma das novidades desta época é a presença do conhecido ator norte-americano Gary Sinise no elenco, para interpretar o terapeuta de Clay Jensen (Dylan Minnette), uma das personagens condutoras da história.
As polémicas em todo o mundo
Esta temporada de 13 Reasons Why ainda não se estreou, mas o Parents Television Council (PTC), associação que monitoriza os conteúdos da televisão norte-americana, já pediu à Netflix para remover a série do catálogo com conteúdo para adolescentes. «Não podem dizer que se destina a jovens e, simultaneamente, classificá-la como apropriada apenas para públicos maduros», avisa, entre outras justificações.
O medo da PTC é que a história volte a contribuir para o aumento de casos de suicídio entre adolescentes. Nos EUA, a cena em que Hannah tira a própria vida, no final da primeira temporada, coincidiu com um aumento de suicídios entre os jovens com idades entre os 10 e os 17 anos. Já as pesquisas no Google sobre métodos suicidas aumentaram 19% em comparação com o ano anterior, revelou o Journal of the American Medical Association.
A trama que fala ainda de bullying e violação teve impacto em vários países. No Brasil, os contactos com o Centro de Valorização da Vida, de prevenção contra o autocídio cresceram 400%. O seu presidente, Robert Paris, afirmou que os jovens citaram a personagem interpretada pela atriz australiana Katherine Langford.
Na Nova Zelândia, menores de idade foram proibidos de a ver, a não ser acompanhados por um adulto. «A Nova Zelândia tem uma das mais altas taxas de suicídio juvenil na OCDE e os defensores de saúde mental estão extremamente preocupados com as consequências que a série pode vir a causar aos adolescentes», referiu o órgão que regula a classificação etária.
Selena Gomez, a produtora executiva, chegou a explicar ao canal E! News que «queria apenas» que aqueles assuntos «fossem absorvidos pelos espectadores mais jovens de forma a que estes ficassem assustados ou confusos». «De forma a falarem sobre isso, porque é algo que está sempre a acontecer», justificou.
Conseguiu, pelo menos, que se abrisse um site que reúne informações de associações de 62 países que ajudam no combate ao suicídio. Portugal está representado pela SOS Voz Amiga (Tel.: 800 209 899, sosvozamiga.org).
Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: DR
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