Cecília Henriques, que dá vida a Gisela na novela Lua de Mel, está a divertir-se naquele que é o primeiro grande trabalho após a maternidade, ou pelo menos aquele que lhe tem exigido mais tempo fora de casa. Ainda que adore trabalhar e esteja sempre à procura de novos desafios, é no seu lar que está o seu coração.
Celeste, a filha de um ano, passou a ser a sua grande prioridade. Após o nascimento da menina, Cecília Henriques confessa ter mudado bastante. “Sou uma mulher diferente. Sou balança, portanto todos os dias olho para as coisas de forma diferente. A boa disposição está cá, mas, se calhar, chateio-me mais agora. Há a diferença de querer otimizar o tempo, parece que as pessoas estão a roubar o tempo à minha filha, mas tirando isso continuo bem-disposta e a trabalhar bem, a ter brio e a puxar pelas pessoas. No fundo, continuo a ser eu”, admite.
“O nascimento da Celeste alterou tudo, mas não me privei de nada. Acho que ela só veio acrescentar, até agora estou a conseguir equilibrar bem estas coisas todas, as coisas que tinha antes e as que tenho agora desde que ela nasceu. Não me sinto a privar de nada. Tive-a aos 32 anos, porque já vivi muito”, admite, entre risos.
Cecília Henriques: “Não preciso de mais um”
No entanto, apesar de estar a adorar a experiência, Cecília não esconde que não pensa aumentar a família. “As nossas profissões não são fáceis e o tipo de entrega que se tem de ter a educar um ser humano é grande e acho que… Ela tem imensos primos, está sempre com eles. O primo é da mesma escola, às vezes levo os dois para casa, jantam os dois juntos… Não preciso de mais um. Acho que o Mundo também já tem muita gente”.
“Às vezes fico com uma depressão ecológica a pensar onde vim meter a minha filha. Não quero contribuir mais para isso. Por agora acho que estou bem com uma. Em termos de carreiras, tanto eu como o Filipe (companheiro) somos pessoas que fazemos trabalhos em nomes individuais e isso prevê uma grande entrega, que com dois filhos não teríamos”, admite.
Com um ano, Celeste já mostra a sua personalidade e Cecília está muito feliz. “Já anda e faz uma coisa muito gira, que é esconder-se”, diz. “São só coisas boas, ela é muito bacana, tem um humor superfixe, dorme bem, até não costumo dizer muito isto, porque sei que há mães em privação de sono e são capazes de me matar… Tive sorte”, diz, feliz.
“O romance tem de ser trabalhado”
Cecília admite que ela e o companheiro, Filipe Sambado, não têm uma grande rede de apoio, pois a família está longe. Apesar de estar a maior parte do tempo com a filha, o casal não esquece de cimentar a relação.
“Tenho tempo para mim e para o Filipe, como ela dorme lindamente… É engraçada a dinâmica de casal que se cria, porque temos de aproveitar e é muito giro, tem-nos corrido bem. Às vezes chamamos a minha cunhada para ficar com a Celeste e podermos ir jantar, ter momentos a dois, essa dinâmica é uma coisa que tem de ser mesmo trabalhada, como qualquer coisa que queiramos manter, exige esforço”, assume, sem rodeios.
Texto: Catarina Martins; Fotos: D.R.
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