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Cristina Ferreira pondera candidatar-se a Presidente da República: «Não iria falhar»

9 Janeiro, 2020

A estrela da SIC quer reformar-se da televisão aos 55 anos e acredita que o seu futuro pode passar pela política. Saiba como 'nasceu' este desejo da apresentadora.

Cristina Ferreira volta a falar na possibilidade de um dia se candidatar à Presidência da República. A estrela da SIC reconhece que não tem capacidade para ser Primeira Ministra, mas acredita que poderá um dia, depois de se ‘reformar’ do mundo televisivo, suceder a Marcelo Rebelo de Sousa.

Em entrevista à revista Visão, a apresentadora revela que as ambições políticas surgiram quase por acaso. «Não me imaginava, nunca me passou pela cabeça até ao momento em que as pessoas me começaram a dizer que isso poderia acontecer», começou por dizer. «Durante algum tempo, achei que passaria pelas autarquias e por fazer alguma coisa pela minha Malveira ou pelo meu concelho», até porque, segundo a própria, o trabalho de um presidente de Câmara é «fundamental, o mais próximo das pessoas».

«Eu tenho um fascínio cada vez maior pela política e pela forma como os políticos podem mesmo mudar a vida dos outros. Não é uma coisa que esteja a ser preparada, alinhada, pensada. Se um dia isso tiver de acontecer, cá estarei para abraçar o desafio», afirmou, sublinhando ainda: «Se um dia me perguntassem ‘chegarias a primeira-ministra?’, eu responderia imediatamente que não tenho qualquer tipo de capacidade para que isso possa acontecer. Agora, representar todos os portugueses, acho que um dia o poderia fazer, que e iria preparar e que não iria falhar.»

Os convidados que ainda não conseguiu levar ao programa

Na mesma entrevista, Cristina Ferreira fala ainda sobre a sua ida para a SIC, o sucesso estrondoso do programa das manhãs e revela qual os entrevistados que deseja ter no sofá de ‘sua casa’: Pinto da Costa e Pedro Passos Coelho.

Sobre o presidente do Futebol Clube do Porto, a apresentadora conta que ainda não o conseguiu convencer: «Já tentei por todas as vias, desde a filha ao Sérgio Conceição, e ele diz sempre ‘já sei o que a Cristina quer. Não é a altura ainda’.»

Sobre o antigo Primeiro Ministro, Cristina diz: «É talvez a figura pela qual eu tenha maior interesse desde sempre. Pelas posições que tomou, pelo antagonismo que enfrentou durante todo o processo, por tudo aquilo que tem vivido, pelo lado mais afetuoso que eu conheço de um ser humano, que é acompanhar a pessoa que mais ama num percurso tão difícil quanto tem tido a sua companheira. Acho maravilhoso mesmo».

André Ventura: «Ainda não é o momento»

André Ventura, líder do partido Chega, é um dos políticos mais polémicos do nosso país e a SIC ainda não permitiu que Cristina Ferreira o convidasse para o programa das manhãs.

«Nós, em equipa, falámos várias vezes do André Ventura e não conseguimos chegar a um consenso sobre se haveríamos de convidá-lo. Implicámos a Direção de Programas. Foi numa altura em que se estava a falar muito da posição extrema do André, e sentimos que não era o momento de o recebermos», disse.

«Eu era das que achava que poderia ser recebido, que a porta está aberta para ouvir todas as pessoas, mas daqui a uns tempos, já toda a gente estará confortável… e se ele quiser, como é óbvio», afirmou, acrescentando ainda: «Há coisas que têm de ser feitas com muita cabeça. Receber aqui outros candidatos ou eleitos não se tornava tão mediático como receber o André, e até em que moldes é que queria fazer a entrevista, Foi, até hoje, o único que ainda não convidámos, mas que gostaria muito de receber.»

A polémica dos Globos de Ouro

À Visão, Cristina Ferreira referiu ainda a vontade de se reformar aos 55 anos – «Parece-me que não é uma má altura. Tenho mais 13 anos de comunicação, são suficientes para tudo o que quero fazer» – e comentou ainda as críticas de que foi alvo pela sua prestação na última edição dos Globos de Ouro, quando várias pessoas a acusaram de ter transformado a gala num espetáculo da Cristina.

«Fiz aquilo que achei que deveria fazer. Eu sabia da expetativa que havia em meu redor e não fui mais do que fui ao longo dos meus 16 anos de carreira (…). Quando és apresentador, aquilo que queres é deixar marca. Não era a minha gala, mas eu era a apresentadora.»

 

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Texto: Patrícia Correia Branco; Fotos: reprodução redes sociais

 

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