Brevemente em Lua de Mel, SIC, Verónica sai da prisão e Lili, a pedido de Ângela, acolhe-a em sua casa. Nesse momento o telemóvel de Lili toca. É Ângela que, na prisão, confessa-se angustiada e pede à filha que a visite, pois há coisas que ainda não lhe contou pessoalmente. Assim, no dia seguinte as duas estão sentadas frente a frente.
“Eu não disse nada ao advogado, porque não queria preocupar-te, nem pôr-te mais um peso em cima, mas se calhar é mesmo preciso dizer-lhe… provavelmente é a única coisa que pode ajudar-me a sair daqui”, afirma a vilã. Lili olha-a com surpresa: “Dizer o quê?! Nunca falas tudo de uma vez, começo a ficar cansada disto!”, desabafa a jovem. “Quando estive internada no hospital, fizeram-me exames e…”, começa Ângela. “Fala logo de uma vez!”, pede-lhe Lili.
Ela conta então: “Tenho poucos meses de vida! E não quero passar o tempo que me resta aqui, quero passá-lo lá fora, contigo!”. A filha fica em choque e segundos depois, ainda está a digerir a informação.
“Eu é que te peço desculpas”
Ângela pega-lhe nas mãos. Vê-se um saco junto aos pés da mesa. “Sei que estás em choque… eu também fiquei assim quando ouvi o diagnóstico do médico”, refere a tia de Sandra, que deixa escapar umas lágrimas. “Mas não há tratamento?”, pergunta a filha. “Na zona do cérebro em que está, não é operável. Os tratamentos são paliativos”, responde a mãe.
Lili fica muito perturbada. Afasta as suas mãos das de Ângela que continua: “E eu prefiro viver os meus últimos dias sem os efeitos secundários dos tratamentos”. A filha pede desculpa pois é muita informação para digerir. “Eu é que te peço desculpa. Parece que nunca tenho boas notícias para te dar”, lamenta-se a mãe. Lili fica em silêncio. “Tudo o que quero é sair daqui e aproveitar os últimos dias contigo. Talvez o juiz fique sensível ao meu estado de saúde.” A amiga de Rei pergunta pelos exames e a mãe pega no saco e tira lá de dentro vários envelopes com exames.
À espera do perdão da filha
Lili questiona o que pode fazer por ela. “Para já aceitar a procuração. Se me acontecer alguma coisa vou em paz”, responde a vilã. A filha assente com a cabeça. “E perdoar-me, mas pelo teu perdão sei que vou ter de esperar”, acrescenta Ângela. “Tenho a certeza de que o Dr. Celso vai usar esta informação para te tirar daqui o mais rapidamente possível”, afirma Lili.
Mais tarde, Lili entra em casa arrasada, mas consegue encarar Rei e Verónica que a esperam. Esta pergunta-lhe se a visita não correu bem. “A
Ângela está muito doente, tem poucos meses de vida…”, responde Lili, que passa os exames para a mão de Rei. Este tira imagens de uma TAC e um relatório de dentro de um envelope.
“A Ângela trouxe tudo do hospital e lá na prisão deixaram-me trazê-los comigo… Não há margem para dúvidas” afirma ela. Verónica chora, fingida.
À noite, sozinha a rival de Nazaré fala ao telemóvel eufórica: “Foi de mestre, Ângela, mas como é que arranjaste esses exames falsos? Conta-me tudo!”, pede. “Tenho os meus contactos. Agora o meu objetivo é sensibilizar o juiz e sair daqui. Quero arrasar com a Sandra e com a Mel”, diz a vilã.
Nesse instante Lili entra, vinda do exterior. Verónica nem dá pela presença dela. “Podes ir desta para melhor, que eu tomo conta da Lili. E de tudo o que é dela”, ri-se. “Que conversa é essa?!”, pergunta Lili perplexa. Verónica nem quer acreditar que foi apanhada. Desligou a chamada e tenta disfarçar o nervosismo. Lili está desconfiada. “Eu ouvi tudo! Disseste à Ângela que podia ‘ir desta para melhor’ que tomavas conta de mim.” Aliviada por ela só ter ouvido aquilo, Verónica disfarça. “Interpretaste mal. Eu e a Ângela temos o mesmo humor negro.” Lili não sabe se deve confiar na ex-presidiária, de Lua de Mel.
Texto: Mário Rui Santos; Fotos: Divulgação Sic
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