Chama-se Ângela Costa, mas é mais conhecida por Angie Costa no mundo digital e já é, sem dúvida, um ícone para as novas gerações. Agora, esta conimbricense de gema abraçou o sonho da representação e não esconde que está a viver um sonho a par da relação que mantém com o músico Miguel Coimbra.
Entrevista a Angie Costa
Como está a ser esta estreia na representação, neste caso em Bem Me Quer?
Está a ser uma experiência incrível e quem me acompanha sabe que eu queria isto há muito tempo. Sempre fui tirando ao longo dos anos vários cursos de teatro, televisão, nada muito sério, mas sempre estive interessada nesta área, e como apareceu a oportunidade de fazer o casting, estou muito feliz, sobretudo pelo grande apoio que os meus colegas me têm dado.
Era então algo que já ansiava…
Sim e quem me segue sabe perfeitamente que queria isto. Tive de ouvir alguns comentários menos positivos de estar a tirar trabalho a quem é mesmo ator e, como confesso que importo-me muito com o que leio, fiquei um pouco magoada. Mas depois penso: “Estudei e trabalhei para isto, por isso tenho os mesmos direitos do que os outros.”
Já conhecia alguns dos atores?
Pessoalmente só conhecia a Margarida Corceiro devido ao concurso Dança com as Estrelas, mas acompanhei o percurso profissional de todos e estou a ser uma sortuda. Adoro a Kelly e, como fazemos de melhores amigas na novela, temo-nos dado mesmo muito bem.
Recebe conselhos dos mais experientes?
Sim, logo na primeira semana de gravações, a Paula Neves, que faz de minha mãe, deu-me imensos conselhos e estou-lhe muito grata por isso.
O que esta Suzy tem de semelhante com a Angie da vida real?
Tirando a parte da manicure, pois aí percebo zero, é um bocado desbocada e divertida como eu. Acho que tinha mesmo de me calhar esta personagem para o meu primeiro papel. Caiu que nem uma luva.
“2020 foi o meu melhor ano”
Agora ficou ainda mais conhecida…
É verdade. Tenho ganhado seguidores de público diferente. Antes eram só jovens, mas agora são alguns mais velhos e tem sido muito bom. Mandam-me mensagens e ser acompanhada por pessoas de várias idades é gratificante.
Veio de Coimbra para Lisboa. Como foi cortar o cordão umbilical com a sua mãe?
A minha “Aidita” já estava habituada a que viesse várias vezes a Lisboa. Por isso não foi um choque muito grande. Tive de aprender a fazer novas coisas e falamos todos os dias, somos muito ligadas.
Sente que valeu a pena?
Sim. Desde o início pensei que ia acabar em Lisboa, pois era lá que estavam todos os meus sonhos. Adoro Coimbra, mas é em Lisboa que estão as oportunidades e vim atrás delas.
Angie Costa já vive com o namorado
A música é também uma das suas paixões…
É verdade. Gosto muito de cantar e os meus amigos dizem que canto bem. Adorava lançar um som, mas sinto que agora não iriam valorizar muito, pois está muita gente a lançar música. Quero esperar com calma, pois vai haver uma altura certa para fazer isso.
E até tem uma ajuda preciosa…
Sim, o meu Miguelito, que vai ajudar-me de certeza absoluta.
Já vivem juntos?
Sim. Não podia estar sem ele, pois saía do trabalho, ia para casa e tinha de lhe perguntar onde estava… Fazia todo o sentido ir morar com o Miguel. Estamos a dar-nos muito bem, tivemos os dois covid-19 ao mesmo tempo, o que acabou por fortalecer a nossa relação por estarmos
todo o tempo juntos em casa.
Não tiveram grandes sintomas…
Passámos por quase todos eles. Não eram ligeiros, mas também não eram muito fortes. Estavam ali no meio…
Morte de Sara Carreira
Com tanto mediatismo como resguarda a privacidade?
Penso que faço muito bem essa gestão. Mostro muito de mim, mas não em demasia. Os meus seguidores sabem o que esperar de mim e respeitam a parte da privacidade.
Tem tempo para si?
Temos de ter sempre um tempo para nós próprias, mas para mim é mais fácil, pois faço o que mais amo.
E cuidados com a alimentação?
Há cerca de ano e meio mudei a minha alimentação. Só comia “porcaria” e tenho muito mais atenção àquilo que como. Sinto que tenho-me portado bem.
O ano de 2020 foi também difícil na perda de pessoas próximas [Sara Carreira]. Como é lidar com essa ausência?
É verdade, foi muito difícil, mas isto é um processo em que temos de acreditar que existe um lugar onde guardamos as recordações boas. Se o fizeres, estás em paz e não estás sempre a pensar no que aconteceu. É guardar o que vivemos juntas, numa boa memória.
Faz pensar na vida?
Sem dúvida e pensar que, por mais que seja um cliché, temos de a aproveitar ao máximo.
O que falta para se sentir completa?
Neste momento sinto-me já muito concretizada a nível profissional, pois era isto que desejava. A nível pessoal também estou ótima e muito feliz. Por isso, tudo está a encaixar perfeitamente.
Texto: Mário Rui Santos; Fotos: TVI; Instagram
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