Avô de Valentina reage à morte da neta e garante: «Quando eu os apanhar dou cabo deles os dois!»

O caso de Valentina, a menina de nove anos alegadamente assassinada pelo pai, em Peniche, comoveu os portugueses e muitas foram as reações à sua morte. Manuel Fonseca, o avó materno da criança ficou em choque na altura em que soube da morte da sua neta e admite estar incrédulo com as ações do pai de Valentina.

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«Mas em que mundo é que nós estamos?! Quando eu os apanhar dou cabo deles os dois! Mataram a filha e foi dizer à mãe que a miúda está bem?! Matar uma filha (…) mostrar o local. Asfixiar uma filha?! Enterrar uma filha?! Um pai fazer o que faz?», questionou-se vezes sem conta perante as câmaras, durante uma reportagem para O Programa da Cristina, SIC. «Ele dizia que a miúda era bem estimada em casa (…). Foi o primeiro a confessar a morte. Ele mostrava estar calmo e ao fim de quatro dias é que vai mostrar o local onde deixou a filha?! Mas estamos a brincar com isto tudo?!», revelou.

Manuel Fonseca confessa ainda que pouco ou nada falou com a sua filha, a mãe de Valentina. «Como é que vou falar com a minha filha neste fase?!» respondeu à pergunta da jornalista ao ser questionado sobre o estado atual da progenitora.

Os habitantes estão revoltados e são muitos aqueles que chamam de «assassinos» ao pai e à madrasta da criança. «Pensei que a menina estivesse perdida por algum caminho» contou ainda uma vizinha, de acordo com imagens transmitidas esta segunda-feira, dia 11, no Programa da Cristina, na SIC.

Pai de Valentina «fortemente indiciado do crime de homicídio e ocultação de cadáver»

Valentina foi dada como desaparecida na manhã de quinta-feira e às buscas juntaram-se centenas de pessoas, entre populares, GNR e bombeiros. O corpo acabou por ser encontrado este domingo, ao quarto dia de buscas a seis quilómetros de casa, escondido na serra D’El Rei, região de Peniche. Os principais suspeitos do crime são o pai, 32 anos de idade, e a madrasta, de 38. O casal está «fortemente indiciado do crime de homicídio e ocultação de cadáver, entre outros crimes».

António Jordão, da Polícia Judiciária (PJ), revelou no Departamento de Investigação Criminal de Leiria, que na habitação estariam mais três menores: um de 11 ou 12 anos, outro de 4 anos e o mais novo com meses. A TVI avança que o mais velho terá sido testemunha do crime.