Ljubomir Stanisic e outros nove empresários, que dão a cara pelo movimento “Sobreviver a Pão e Água”, vão entrar em greve de fome, com efeito imediato, sabe a TV 7 Dias. Segundo a mesma revista, o grupo vai instalar-se na escadaria da Assembleia da República, em Lisboa, depois de uma reunião na Presidência da República da qual “não resultou nada”.
Ljubomir Stanisic vai instalar-se na escadaria da Assembleia da República
Na origem do movimento está a crise instalada nos setores da restauração, hotelaria, comércio e cultura por causa da pandemia da covid-19. Reclamam não só a falta de apoio do Governo a estas áreas como as medidas de restrição aplicadas, que põem em causa a sobrevivência dos negócios.
Em comunicado, os membros do movimento explicam o que motivou a sua decisão.
Leia aqui na íntegra:
“Hoje, dia 27 de Novembro, conforme já tinha sido divulgado, o Movimento Sobreviver a Pão e Água, representado na ocasião por Ljubomir Stanisic, José Gouveia e Manuel Salema, foi recebido na Casa Civil da Presidência da República.
A reunião surgiu na sequência de um pedido de audiência, enviado pelo Movimento no dia 16 de Novembro, endereçado ao Sr. Presidente da República mas também ao Primeiro-Ministro, Dr. António Costa, e ao Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Dr. Pedro Siza Vieira.
Dos três pedidos enviados, apenas o email dirigido ao Gabinete da Presidência obteve resposta, concretizando-se hoje a audiência solicitada.
Nesta ocasião, sabendo de antemão que não cabe ao Presidente legislar mas que uma das suas funções é precisamente a de chamar a atenção da Assembleia da República para qualquer assunto que, no seu entender, reclame uma intervenção do Parlamento, o Movimento teve a oportunidade de expor as suas ideias e propostas, solicitando ao Presidente que interceda urgentemente a favor do sector.
Sem respostas concretas e imediatas aos pedidos apresentados, e considerando a urgência de medidas que apoiem um sector que já há nove meses se encontra em agonia, e que, agora, com as novas restrições, entra numa fase ainda mais dramática, o Movimento não tem outra opção senão a de prosseguir esta luta.
A partir de hoje, em tendas instaladas em frente à Assembleia, alguns membros do Movimento estarão em greve de fome, como forma de protesto e em solidariedade por todos aqueles que, neste momento, não têm já o que comer.
Pelos 43% de nós, empresas de restauração e similares, que ponderam avançar para a insolvência. Pelos 19% de nós, empresas de alojamento turístico, que ponderam fechar as portas. Pelos que ficaram pelo caminho. Pelos mais de 49 mil empregos perdidos no sector da restauração e hotelaria durante o terceiro trimestre de 2020. Por todos os que perderão o emprego, o sustento, a comida na mesa se as ajudas não chegarem já.
Não desistiremos. Criamos, logo resistimos”.
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Texto: Carla Ventura com Dúlio Silva; Fotos: Nuno Moreira
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