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Cristina Ferreira rejeita comparações de Festa é Festa com Amor Amor e explica escolha de atores

27 Abril, 2021

Cristina Ferreira abriu as portas de casa e revela segredos de Festa é Festa, explica escolhas de elenco e rejeita comparações com Amor Amor, SIC.

Festa é Festa liderou na sua estreia, esta segunda-feira (26), na TVI. Cristina Ferreira reuniu o elenco da trama escrita por Roberto Pereira na sua casa televisiva, os estúdios de Cristina ComVida, e juntos assistiram ao seu primeiro grande bebé enquanto Diretora de Entretenimento e Ficção do canal, uma vez que a novela foi uma ideia original sua.

E foi lá, num ambiente de festa, companheirismo e de família que a apresentadora falou aos jornalistas sobre esta novela que irá terminar com uma festa de verdade em setembro. Final em que a apresentadora já garantiu que vai participar. E, atenção, desengane-se quem olhar para as imagens na galeria em cima e pensar que todos se esqueceram da pandemia da covid-19. Todos os atores, equipa técnica, de catering e jornalistas foram testados antes de entrar em cena.

“Sou da aldeia e como fiz muitos anos o Somos Portugal, onde percorri o país inteiro, percebi o impacto que uma festa tem. Neste últimos tempos, fui ouvindo da maior parte de amigos e não só que tinham muitas saudades de uma festa, e percebendo a tristeza que isso trazia. Quando decidimos que queríamos uma nova novela para a TVI, achei que essa seria a oportunidade de nós darmos palco a uma festa que tocasse a um país inteiro. O que nós vamos assistir é à preparação da festa até ela acontecer. As histórias estão lá, são é contadas de outra forma. É uma novela mais ligeira e cómica”, afiança, explicando que esta não foi uma novela feita em tempo recorde e que já estava a ser pensada desde o ano passado.

“Há algumas novelas que são pensadas com mais tempo, já estamos a preparar algumas do próximo ano. A pensar dessa forma, esta terá encurtado os prazos de alguns processos que nós cumprimos na ficção. Nós pensámos nela no final do ano passado, estamos em abril. O que ela tem é um período muito curto entre as gravações e o inicio da exibição. Começámos em março e já está a estrear. Já o Para Sempre, já estamos a gravar há algum tempo e ela só estreará mais para a afrente. Nós queríamos mesmo que o Festa É Festa começasse nesta altura do ano porque é nesta altura que se começam a preparar as festas de setembro e agosto. Nós cumprimos o prazo que uma festa na aldeia tem para conseguir ser feita e por isso achamos que este seria o período que a devíamos lançar. Temos todas as garantias de que ela pode ir para o ar, temos episódio suficientes… Estamos num período muito complicado, sabemos como é que a ficção tem sido no último ano, as produções podem parar por algum motivo, e não podíamos correr o risco de ela parar por alguma eventualidade”, sublinha, de sorriso nos lábios.

Cristina rejeita comparações com Amor Amor, na SIC, e explica o que pode levar algumas pessoas a encontrar semelhanças. “Na parte da festa e da música mais popular pode dizer-se que há aqui uma marca comum nas duas. Mas depois acabam por ser muito diferentes. Mas a música é transversal ao day time, ela está nas várias estações de televisão. De há um ano a esta parte ainda mais. É normal que quem gere uma estação de televisão saiba a importância de determinadas temáticas”, afiança, afirmando que a concorrência aguerrida que se vive hoje entre os canais “faz sentido”. “Quando eu vos dizia em algumas entrevistas que ganhar todos os dias é muito pouco estimulante, é mesmo”, ri-se.

As escolhas de Pedro Alves e Manuel Marques para Festa é Festa

Cristina Ferreira e a equipa escolheu este elenco de Festa é Festa a dedo e há uma razão para estarem atores nesta trama que habitualmente estão ligados ao humor. “Eu estranho e como é que como é que até hoje ninguém chamou O Pedro Alves para uma novela. O Manuel Marques também nunca esteve numa novela. Tenho aqui uma série de pessoas que já deviam ter entrado na ficção, e se calhar não entraram porque se reduziu muito a comédia a determinado tipo de formatos e não se deixou que as verdadeiras pessoas que fazem comédia no país entrassem num registo de novela, nem que fosse num núcleo apenas. Isso nunca aconteceu”, afirma a Diretora de Ficção e de Entretenimento da TVI.

E completa: “Nós achamos enquanto equipa que este era o momento que as personagens jogavam em tudo com os atores que eles são. E por isso decidimos assim. Se olharmos um bocadinho para o elenco, demos espaço a atores que já têm nome no mercado, como Maria do Céu Guerra, o próprio Pedro Teixeira que já teve personagens ligadas à comédia, a Ana Guiomar, mas que nunca tinham feito comédia assim e ainda há outros que o público não conhece. O Valdemar (Brito) não é muito conhecido, a Beatriz Costa também não, a Francisca (Cerqueira Gomes) tem aqui a sua primeira experiência em televisão. Aqui há a possibilidade de haver esse entrosamento entre um elenco muito diversificado e em que todos se ajudam. Deu para perceber pela energia que o grupo tem. Foi das coisas de que mais gostei, é obra também do autor, o Roberto merece muitos aplausos, ele está ligado à comédia há muitos anos. Quem é da aldeia sabe exatamente o que se sente e eu só lhe disse que  gostava disto, e nós em cinco minutos começámos a conversar e naturalmente tudo surgiu. Ele imprimiu essa boa energia ao projeto que acho que vai passar através dos ecrãs.”

Pedro Alves assume desafio: “Não estava habituado a estas vidas”

Pedro Alves estreia-se como ator em novela e como Presidente da Câmara, Bino. “O início foi um desafio para mim, não estava habituado a estas vidas, tive de me adaptar, mas agora estou a curtir imenso. É muito fixe. Vocês veem como é o grupo de trabalho e acho que isso se vai refletir no resultado”, diz o ator e humorista, salientando o apoio que recebeu dos colegas. “Foram impecáveis, sempre muito generosos comigo, a explicarem-me tudo e fizeram com que tenha sido muito mais simples. O que mais me surpreendeu neste meio foi a entreajuda”, diz.

Inês Herédia também se mostra feliz com o resultado de Festa É Festa. “Há muita cena improvisada e isso está a dar-me um gozo enorme. Levas o teu texto sabido, sabes a tua personagem, mas há esse espaço”, diz a atriz que dá vida a Nelinha.

José Carlos Pereira interpreta Sôtor, o médico que vai à aldeia alguns dias por semana. “Adoro humor e humor bem feito. Acho que as pessoas se surpreenderam com este primeiro episódio. Sempre gostei de bailarico, sempre fui à terra do meu pai no primeiro fim de semana de setembro”, afirma o ator.

Texto: Ana Lúcia Sousa; Fotos: Tito Calado
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