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Expor ou não as crianças nas Redes Sociais? Damos o exemplo de Jessica Athayde e Diogo Amaral

25 Fevereiro, 2023

Esta é uma questão muito debatida, num mundo que é cada vez mais dominado pelo digital e pelas tecnologias. Jessica Athayde e Diogo Amaral optaram por resguardar o seu filho, Oliver, de três anos.

Esta é uma questão muito debatida, num mundo cada vez mais dominado pelo digital e tecnologias. Jessica Athayde e Diogo Amaral são um dos exemplos, público, que optaram por resguardar o filho, Oliver, de três anos, e deixar de divulgar imagens da criança nas suas redes sociais. O casal revela assim um possível arrependimento, face à sua postura anterior.

A exposição das crianças nas redes sociais é um tema cada vez mais debatido, quer entre pais, adultos, psicólogos e Um tema pertinente, com diversas opiniões. Há quem não se coíba de ‘exibir’ os pequenos nas suas redes sociais, muitas vezes em busca de compensações monetárias e/ou parcerias, nomeadamente diversas figuras públicas, nacionais e internacionais. E há quem esteja completamente em desacordo com esta exposição. Começa a tornar-se raro encontrarmos um equilíbrio.

O caso mais recente, conhecido do público português, é Jessica Athayde e Diogo Amaral. O casal decidiu deixar de expor o filho, Oliver, de três anos, nas redes sociais. E a verdade é que desde o verão de 2022, que tanto Jéssica como Diogo deixaram de mostrar o rosto da criança online. Uma decisão ponderada e muito bem amadurecida, que o ator esclareceu durante um evento que reuniu o elenco de Flor Sem Tempo, SIC, no dia da estreia da novela.

Jessica Athayde já tinha mostrado vontade em deixar de expor Oliver

“Na verdade já se falava há muito tempo. De repente, passam a conhecer o Oli e isso é um bocado desconfortável. Há tantas opiniões e eu próprio, às tantas, estou de um lado, depois às tantas estou do outro. Mas faz sentido e a Jessica queria também”, explicou o ator que dá vida a Sebastião, na novela assinada por Inês Gomes.

Diogo Amaral é ainda pai de Mateus, de oito anos, fruto da união já terminada com a atriz Vera Kolodzig. Ambos os irmãos cresceram com os pais envolvidos no meio artístico e, desde cedo, foram obrigados a lidar com a as consequências que isso acarreta: a fama. Contudo, tanto Vera como Diogo, optaram, desde início, por não expor Mateus nas redes sociais e sempre preservaram a sua identidade e privacidade. O mesmo não terá acontecido com o pequeno Oliver. Em outubro de 2022, Jessica Athayde já tinha revelado ter chegado a altura de resguardar o filho.

Diogo Amaral vai mais longe e explica como ambos os filhos lidam com a fama dos pais, nomeadamente no que diz respeito à abordagem na rua. “O meu filho mais velho já tem completamente a noção. O meu filho mais novo está naquela fase em que acha que é normal, que toda a gente faz televisão. ‘Olha está ali a mãe, está ali o pai’”, reproduz o ator, imitando Oliver.

“Eu já assisti isto um bocadinho com o Mateus, em que de repente é normal as pessoas tirarem fotografias com os pais […] Quando era um bocadinho mais novo, ele achava um bocadinho esquisito, penso que achava que era um bocado invasão. E depois as pessoas eram muito simpáticas com ele. E com o Oli a mesma coisa. Apesar de nós agora termos tirado o Oli das redes, sabem quem ele é. O que é uma coisa muito estranha”, sublinhou.

“A exposição em demasia nas redes sociais pode criar ansiedade, em querer e procurar a perfeição”

Muitos dos pais que optam por expor os seus filhos em troca de parcerias ou por motivos financeiros, justificam que esta é uma forma que encontram para pagar a educação. E que acreditam que esta exposição acabará por ser benéfica para a criança, mais tarde ou mais cedo.

A revista Maria entrou em contacto com a psicóloga, Dra. Bárbara Ramos Dias, à procura de uma opinião de um profissional, acerca deste tema tão discutível, nos dias que correm, e numa geração dominada pelo digital e tecnologias. A psicóloga de adolescentes defende que tudo depende de um determinado “equilíbrio”. Também a base e estrutura familiar influenciam a reação das crianças face à exposição que possam ter. Já para não falar do conteúdo das publicações em que participam.

“A exposição em demasia pode criar ansiedade, em querer e procurar a perfeição. Quer nas redes sociais, quer na vida real. Contudo, o desejo de aceitação por parte de crianças com determinada exposição não tem só que ver com as redes sociais, podemos então falar também de anúncios e até novelas. Mas se isto for bem acompanhado pelas famílias, se for um núcleo estável, se mostrarmos que as nossas crianças não são apenas validadas pela sua aparência. Mas também pelos seus talentos, não vejo mal nem drama nenhum”, revela a psicóloga de adolescentes.

“Claro que há exageros, se as crianças não gostam ou pedem para não serem expostas, temos que respeitar. Por vezes, há tendência a exagerar, quer para um lado, quer para o outro. Tem que existir um equilíbrio. Nós vivemos com as redes sociais, mas é preciso saber dosear. Mostrar que as redes nem sempre são aquilo que mostram ou aparentam”, conclui.

Texto: Ana Rocio e Ana Lúcia Sousa, Fotos: D.R.

 

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