A antiga concorrente da Casa dos Segredos, de 25 anos, sofreu de violência doméstica. tal como a revista Maria, em banca, revela. Conseguiu sair da relação que a maltratava, mas ficou com marcas… psicológicas. Joana Diniz esteve, esta quinta-feira, dia 21 de fevereiro, no Você na TV, TVI, onde contou tudo o que sofreu às mãos de um ex-namorado, sem nunca revelar a identidade do agressor.
Tudo aconteceu com «um namorado» com quem viveu. «Apaixonei-me por essa pessoa e achava que era a minha alma gémea. Tudo perfeito. Tudo maravilhoso. Quando começo a frequentar mais a casa dele e a termos uma vida em comum, percebo que algo ali não estava bem», começa por contar.
O primeiro episódio aconteceu após uma tentativa de Joana sair de casa. «Uma vez queria ir ao café porque estava farta de estar em casa e ele disse-me: ‘Não, não vais. Quem manda seu eu’. E eu disse-lhe: ‘Ó meu amigo, desculpa lá, eu vou ao café’. E assim que ponho a mão na porta, ele agarra-me e empurra-me contra a parede. Eu disse-lhe: ‘Mas tu estás bem?’. E ele trancou-me a porta de casa.»
Joana sublinhou que nem na casa de banho podia estar sozinha. «Começo a ver agressividade, a sentir muita pressão. Eu queria falar com a minha mãe e não tinha privacidade. Querer estar na casa de banho sozinha e não ter privacidade. Ele era a minha sombra. Eu queria ir ao café e tinha cinco minutos para ir», explica.
A antiga concorrente da Casa dos Segredos nunca conseguiu encontrar razão para esta agressividade. «Não havia justificação. Houve depois justificação quando um dia fomos sair e eu tinha um grande amigo, que é homossexual. Assim que o vi tinha uma grande necessidade de estar com ele. Ele também estava no sítio e passei a noite toda a dançar com o meu amigo. Sempre tivemos o hábito de dar um chocho. Fui para um hotel dormir, tomei banho e o meu terror começou nessa noite», relata.
Saiu da banheira pelos cabelos
Este «terror» começou num fim de semana passado num hotel. «Lembro-me de sair da banheira pelos cabelos. Ele chegou alcoolizado e eu pensei que era o fim da minha vida naquela noite», relata.
Joana admite que sofreu tanto de «violência física como verbal». «Eu ainda me tentei defender, mas não consegui nada. Lembro-me de estar deitada toda nua na cama e ele tirar o cinto das calças e me pôr o cinto ao pescoço. Perdi os sentidos. Lembro-me de acordar em pânico.»
«Ele punha-me almofadas na boca, vinha por trás e fazia-me ‘mata leão’»
A bailarina não arranjava solução para sair da relação nem conseguia contactar ninguém. «No dia seguinte, queria-me vestir e não conseguia cheia de dores. Eu não fico com marcas, mas tinha o pescoço magoado. Mas consegui vestir o casaco. Fiz uma viagem de 600 quilómetros só de casaco e calças de fato de treino.»
A mãe de Joana nunca soube de nada. «Lembro-me de a minha mãe me ligar na viagem e eu dizer: ‘Sim, está tudo bem mãe’. A minha mãe está a saber agora pela primeira vez. Eu sabia que quem gosta de mim iria sofrer com isto.»
Joana acrescenta: «Eu tive de planear uma separação. Eu não tinha chaves de casa, ele punha-me almofadas na boca, vinha por trás e fazia-me ‘mata leão’, apertar o pescoço por trás.»
«Queria gritar à janela»
Joana nunca se conseguiu defender. «Eu sou pequena e queria-me defender. Eu queria gritar à janela e ele não me deixava. Trancava-me no quarto sem telefone sem nada.»
E o medo começou a apoderar-se da ex-concorrente da Casa dos Segredos, até pela chantagem feita pelo ex-companheiro.
«Nunca me foi possível. Depois de todos os ataques, a pessoa fechava-se na casa de banho, arranhava-se, batia-se e fazia fotos e vídeos a dizer que eu tinha acabado de lhe bater. E isto começou a mexer com a minha parte psicológica. Se eu for para a polícia, que provas tenho? Provas tem ele. Ele tinha a capacidade de se bater nele próprio e de tirar fotos a ele próprio.»
Ameaçava suicidar-se
Apesar de nunca ter contado à mãe o pesadelo que vivia. Joana deu alguns alertas. «Eu dizia à minha mãe para me ir buscar, mas sem dizer porquê. Ele dava-me pontapés como a um homem. Foi uma brutalidade. Mas cada vez que eu tentava fazer a mala, ele não me deixava e desfazia-a. Ele dizia-me: ‘Tu vais-te embora, mas vais ficar com peso de consciência porque eu vou-me suicidar’. Eu acreditava que ele fosse capaz de fazer algo a ele próprio para me deixar mal.»
A bailarina viveu um ano de sofrimento, completamente sozinha. «Deu-me o clique quando fui pedir ajuda e negaram-me. Pensei: ‘Tenho de fazer isto de forma a que vá embora sem ele se aperceber’. Inventei que iríamos passar um fim de semana à minha mãe, só levei a roupa do meu corpo e assim que cheguei a casa da minha mãe nunca mais saí de lá.»
Ou melhor, saiu, mas porque ele se fechou no quarto. «Aliás, saí porque assim que eu disse que acabava, ele ficou fechado no meu quarto durante quatro dias a tomar Xanax. Tive de ir para casa de uma amiga até ele sair», acrescenta.
Joana Diniz namora com Igor Sanchez
A mãe só se apercebeu por causa de um episódio que se passou na própria casa. «A minha mãe apercebeu-se, porque fiquei na minha mãe e ele começou-me a bater. Comecei aos gritos e a minha mãe perguntou: ‘O que é isto?’. E eu disse-lhe: ‘Ele não está bem. Ele é assim um bocado agressivo quando fala’. Quando chamei pela minha mãe ele disse-me: ‘Bato-te a ti e a ela’.»
Aliviada por fechar este capítulo, Joana Diniz, que mantém uma relação com Igor Sanchez, revela que agora «está feliz».
«Eu só espero que ele nunca mais faça nada a nenhuma mulher, porque ninguém merece. Eu soube por outras experiências que essa pessoa sempre foi muito possessiva. Não física, mas psicologicamente», acaba por dizer.
Texto: Redação WIN – Conteúdos Digitais; Fotos: Impala e reprodução Instagram
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