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O agricultor da SIC, José luís, confessa: “Desisti do meu filho”

18 Julho, 2021

Aos 63 anos, o agricultor da SIC procura o amor. José Luís ainda sonha ter uma família tradicional, embora não esconda o quanto a paternidade já o magoou.

O homem descontraído, o agricultor da SIC que hoje vemos na quarta edição do Quem Quer Namorar Com o Agricultor? tem uma vida sofrida. Apesar de sempre ter sido um jovem com posses, há algo que José Luís não consegue ter: “Só me falta o amor, de resto tenho tudo”, diz.

Mas, atenção, que apesar de atualmente estar sozinho, no passado este coração já esteve bem ocupado. “Apaixonei-me muitas vezes, tive grandes paixões, a maior parte não correspondias. Tive relações sentimentais sem estar apaixonado, também, pode parecer contraditório, mas sou uma pessoa profundamente emotiva e que sente essas coisas com sentimentos muito intensos. Se corre mal é uma coisa terrível, fico destroçado. Se corre bem fico encantado”, assume.

“Para dizer a verdade tive a primeira namorada muito tarde, já na juventude adiantada. Comecei a namorar, pela primeira vez, teria 23, 24 anos”, diz. “Não foi por falta de vontade, foi porque as circunstâncias não ajudavam, se calhar por ser chato”, diz em tom de brincadeira. Tal como o namoro tardio, José Luís casou quando tinha 39 anos. “Casei bastante velho”, diz.

“Estava cada vez mais distante de mim”

O casamento não correu bem, mas na verdade não é isso que mais magoa este homem de Elvas.

Apesar da tristeza por não ter conseguido manter esta relação, o que mais o magoou foi o facto do filho se ter afastado dele. “Eu quis constituir uma família, esse era o modelo ideal para mim. O modelo que idealizei foi ter uma companheira, uma vida sossegada, criar os filhos na tranquilidade do lar e passar a velhice com a minha mulher.

Não aconteceu até agora. Tive azar. Correu mal, digamos que as circunstâncias pelas quais passei podiam ter sido completamente diferentes. E depois divorciei-me…

Estava profundamente empenhado, por mim teria continuado casado, mas essas coisas não dependem só de um, mas de dois”, assume. “Fiquei traumatizado. Digamos que a justiça tirou-me o meu filho. A mãe dele levou-o para longe. A partir daí foi muito sofrimento, até que me cansei de sofrer e desisti do meu filho”, assume.

“Hoje em dia falo muito pouco com o meu filho, eu tenho muito orgulho do meu filho, ele sempre foi o melhor aluno das turmas onde andou, hoje é mestre em gestão da Universidade Nova e é consultor da mais famosa casa de consultoria, de assessoria do Mundo. De maneira que tenho muito orgulho no meu filho”, admite apesar da pouca convivência.

“Era um sacrifício muito grande, todos os fins de semana. Depois comecei a perceber que o meu filho estava cada vez mais distante de mim. ficava nos fins de semana, ficava com o portátil e falava cada vez menos comigo. Aí eu decidi: ‘não vou sofrer mais por causa do meu filho’ e resolvi afastar-me, porque era uma relação muito sofrida e que eu acho que era pouco compensadora para ele. Tenho, de facto, pouca relação, mas tenho imenso orgulho e amor pelo meu filho”, não esconde.

 

Filha vive com ele desde os três anos

Apesar de José Luís não manter uma grande relação com o primeiro filho, o oposto acontece com a segunda filha, Carolina, atualmente com 19 anos.

O agricultor vive sozinho com a jovem desde que esta tinha três anos. Garante que apesar de sentir que lhe faltou uma referência feminina, crê que fez um bom trabalho.

Assume ter sido rígido no que à educação diz respeito e, por isso, a jovem estuda, agora, Direito na Universidade, em Lisboa.

 

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Texto: Catarina Martins; Fotos: Madalena Esteves Frematle

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