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Prepare o regresso às aulas e os ataques de bullying

25 Agosto, 2021

crianças aulas bullying

Para combater o aumento dos casos de bullying e o afastamento provocado pela pandemia nos mais novos, crie estratégias para que os seus filhos tenham um melhor relacionamento com os outros.

Os casos de bullying são assustadores e as taxas de suicídio na adolescência aumentaram e muito nos últimos anos. A juntar a isto, a pandemia trouxe o afastamento… Crianças e jovens ficaram, nestes quase dois anos, afastados da escola. Porém, mesmo em casa, o bullying continuou a acontecer, através das redes sociais.

O caso mais recente e que está a chocar Portugal e o Brasil, foi a morte de Lucas Santos o filho da cantora brasileira Walkyria Santos, que colocou fim à vida, com apenas 16 anos, depois de sofrer com comentários maldosos nas suas partilhas numa rede social chamada TikTok. Lucas suicidou-se quando a sua conduta sexual foi questionada.

“É urgente mudar o padrão”

Adelaide Miranda, Life Coach de Alta Performance, acredita que é dever dos adultos encontrar formas de desenvolver a empatia entre as crianças e reduzir os números assustadores de violência. “É urgente mudarmos este padrão comportamental. Chegamos ao ponto em que as crianças, para além de não conseguirem gerir as suas emoções, fogem delas através da violência. A violência é um escape para não lidarem com o que realmente as incomoda. Uma criança que claramente não sente empatia pelo outro, não consegue colocar-se no seu lugar nem medir as consequências dos seus atos”, admite.

Como forma de começar a preparar, de certa forma, já o próximo ano letivo, existem estratégias que podemos adorar de forma a incutirmos a empatia nos nossos filhos, sobrinhos, netos… É obrigatório que trabalhemos por uma geração mais afável, mais cooperativa, mais unida e não mais violenta.

Dar o exemplo

Essa mudança tem que começar pelo nosso exemplo! De que adianta falar se agirmos de forma contrária? Fala de outras pessoas em frente aos miúdos de uma forma “incorreta”? Ri-se de estranhos? Goza com as pessoas em frente aos miúdos? Não as valoriza? Preste atenção às suas ações e seja o exemplo. Lembre-se que as crianças aprendem mais facilmente pelo exemplo do que por palavras. Fale com respeito e dirija-se às pessoas com respeito e empatia.

Nomear emoções

A maioria das crianças sente que as emoções são tabu, porquê? Porque nós, adultos, também não falamos sobre elas. Há que falar sobre as emoções de forma positiva e entender que não existem emoções negativas, mas sim ações negativas. É a forma como reagimos às emoções que traz a positividade ou a negatividade.
Ensinar a boa educação

Não permita que as crianças pelas quais é responsável se dirijam a si, ou a outra pessoa, de forma desrespeitosa. Não é de forma alguma aceitável falar com as pessoas num tom elevado ou com agressividade.

Texto: Catarina Martins

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