Nacional

Rui Bandeira recorda mentira em tribunal que abalou a mãe e a fuga de casa aos 12 anos

27 Março, 2020

Aos três anos, Rui Bandeira viu os pais a separam-se e formarem vida com outras pessoas. Um momento que, segundo o próprio artista, fez com que tomasse decisões menos acertadas devido à tenra idade que tinha na altura.

Rui Bandeira, de 46 anos, esteve na tarde desta sexta-feira, dia 27, no programa de Júlia Pinheiro, na SIC, e recordou os tempos controversos da sua infância que o marcaram para o resto da vida. O cantor nasceu em Moçambique e veio para Portugal com ano e meio. Já aos três viu os pais a separam-se e formarem vida com outras pessoas. Um momento que, segundo o próprio artista, fez com que tomasse decisões menos acertadas devido à tenra idade que tinha na altura.

«A vida acaba por ser um bocadinho madrasta. Os filhos nestas fases acabam por pagar um preço alto por aquilo que os pais às vezes não conseguem resolver. E eu senti-me como se fosse uma arma de arremesso», começou por contar. «Não é fácil. Eu nunca falei disto e quero dizer, antes de falar, que a minha família -neste caso o meu pai e a minha mãe – são pessoas que adoro, independentemente de tudo. Até tinha receio de falar mas ao fazê-lo acabamos por libertar determinados fantasmas.»

Rui Bandeira conta que viveu os primeiros anos com o progenitor e que terá sido maioritariamente a madrasta a criá-lo. «Acabo por ser criado pela companheira dele do que propriamente pelo meu pai devido ao trabalho. E começaram a haver alguns atritos. Em criança eu achava tudo muito estranho porque não era a minha mãe. Estava desejoso que chegasse a sexta-feita para ir para ao pé da mãe», recordou, frisando que ficava durante os fins de semana com a progenitora. «Fazia no fim de semana aquilo que não tinha durante semana. Tinha uma certa disciplina que foi essencial e, se calhar, se eu não tivesse a tal disciplina não era a pessoa que sou hoje».

A facada que deu à mãe e o desgosto que deu ao pai

A mãe fez de tudo para ficar com a sua custódia e quando isso aconteceu, Rui Bandeira acabou por mentir em tribunal. «Foi a maior facada que dei à minha mãe. […] Quando eu tinha 10 anos ela conseguiu algum dinheiro para colocar processo em tribunal para ficar com a minha custódia porque eu já tinha ficado com o meu pai. Nessa altura acontece algo inesperado: ‘eu chego a tribunal e digo que é tudo mentira e que quero ficar com o meu pai’», recorda

«Foi duro porque eu tinha, de certa forma, algum receio de desapontar o meu pai. No fim de semana seguinte eu vou ter com a minha mãe e vejo-a lavada em lágrimas. Não sei o que é que me deu. A minha mãe perdoou-me», explicou.

No entanto, quando nasceu a sua única irmã, fruto da relação do pai com a madrasta, Rui Bandeira sentiu-se de lado e optou, mais tarde, por fugir. Tinha, na altura, 12 anos. «Esperei que fossem trabalhar e liguei para a minha avó: ‘Hoje é o ultimo dia que fico aqui. Liga para a mãe que eu vou sair de casa», recordou.

Sem dinheiro, atravessou Lisboa depois de uma cigana lhe ter pago o bilhete para ir de Odivelas para o Cais do Sodré, Lisboa. «Eu sabia que tinha que ir ter com a minha mãe e esta minha decisão talvez seja a grande mágoa que ainda hoje o meu pai tem. Se calhar até não tem porque um pai acaba por perdoar  mas eu fiquei com isto na cabeça», contou, para explicar que esteve anos sem falar com o progenitor.

Texto: Márcia Alves; Fotos: Reprodução Instagram

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