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Sex Symbol: Júlia Palha não se importa do rótulo desde que associem esta mensagem

21 Março, 2021

A viver a sua primeira protagonista aos 22 anos, a atriz Júlia Palha, confessa­‑se uma mulher sortuda na vida profissional e no amor.

Júlia Palha, apesar de ainda ser jovem, há muito que está familiarizada com o mediatismo. Estrela em ascensão, embora não o queira admitir, a atriz enfrenta o seu maior desafio profissional na pele de Fátima, a heroína de A Serra, SIC. Já a vida fora da ficção não poderia correr melhor.

Entrevista a Júlia Palha

Maria: O que podemos esperar desta Fátima ao longo da história?
Júlia Palha: Ela é muito mais do que se espera de uma protagonista. Apesar de a terem “pintado” como uma rapariga simples, muito pura, a verdade é que tem garra e não deixa que ninguém a pise nem se meta com ela. É uma personagem com muita atitude, mas, apesar de ser simples e humilde, de ingénua não tem nada.

O confronto com a Carlota vai ser intenso…
A Fátima vai ter que ser muito dura nas suas atitudes e nunca mostra medo quando tem de fazer frente à Carlota.

Como se preparou para ser pastora e queijeira?
Tive várias formações para a parte mais técnica e prática das minhas funções: como fazer farinha do milho, formação de pastoreio, e depois tive uma grande ajuda de formação de atores. Vivemos numa geração que faz tudo a correr, falamos muito depressa, e tive um mês em que todos os dias tinha de falar mais devagar, dizer as palavras bem ditas até ao fim.

Este lado rural era algo que desconhecia? É mais urbana?
Apesar de tudo, cresci numa quinta em Vila Franca de Xira. O meu lado mais urbano é mesmo viver com uma rotina que envolve mais agitação e mais stress no dia-a-dia.

Como reagiu quando soube que ia ter o papel de protagonista?
Devo confessar que fiquei muito contente. É uma grande aposta e um voto de confiança. Não podia estar mais grata, e tenho recebido muitas mensagens a elogiar o meu trabalho.

Júlia Palha: “Vinha nervosa para uma nova casa”

Quando o Daniel Oliveira lhe diz que é um diamante, isso é um elogio com peso?
Claro que sim, mas também é uma responsabilidade. Quando as pessoas te elogiam dessa forma, tens de provar a dobrar. Mas acho que estou à altura do que me foi proposto

Sente­‑se uma estrela em ascensão?
Estou muito contente com a evolução da minha carreira. Tem sido tudo muito linear. Já trabalho em televisão há mais de seis anos, já fiz projetos em cinema e acho que esta foi a altura certa para ter uma protagonista e conseguir habituar­‑me a isso.

Em 2015, estreou­‑se no Coração D’Ouro, SIC. O que mudou nestes últimos anos?
A nível profissional, mudou para uma Júlia mais segura atrás das câmaras. Até há pouco tempo, nunca saía das cenas de forma orgulhosa pelo meu desempenho. Mas neste projeto, tudo o que são cenas difíceis e que exigem muita força a nível emocional tenho conseguido fazê­‑lo de forma bastante satisfatória. A nível pessoal, mudou várias coisas, pois sou uma pessoa mais consciente, humana, responsável. Por isso, estou orgulhosa do meu crescimento.

Como é trabalhar com um elenco quase desconhecido para si?
Na verdade, são todos colegas novos, à exceção da Margarida Serrano, que já fez de minha irmã. Vinha nervosa para uma nova casa, não conhecia ninguém e estava com medo de não haver esta empatia tão rápida como acabou por acontecer.

As cenas íntimas, como aconteceu logo no início da história, são normais na vida de um ator?
Existe sempre um nervoso miudinho, pois é o teu corpo e queres estar bem, não só para ti como para as pessoas lá de casa. Mas, quando fazemos as coisas o mais natural possível, tudo acaba por correr bem, e acabou por ser das minhas cenas preferidas no
primeiro episódio.

“Preciso de descansar”

Quando a associam à imagem de sex symbol, o que pensa?
Nunca queres ser pintada com um rótulo, seja ele qual for. E, às vezes, seres ligada a um sex symbol impossibilita‑te outros papéis e outros trabalhos. Se essa imagem for associada à mensagem que tento transmitir, que é “sintam‑se confiantes nos vossos corpos”,
não me importo.

O que esta pandemia lhe adiou ou tirou?
A nível profissional, não tirou nada, antes pelo contrário. Já a nível pessoal, tirou‑me sobretudo a oportunidade de viajar. Quando tinha um fim de semana prolongado, ia a Londres ou Madrid, cidades onde se consegue estar em poucas horas, e era bom para sair desta pressão e sair à rua sem sentir que estás a ser observada. Sou também uma pessoa com muitos amigos, gostava sempre de ir jantar fora, e também sinto falta disso.

Quais são agora as alternativas?
Tento ir para uma herdade que tenho no Alentejo, mas também tenho passado muito tempo em casa, pois preciso de descansar.

A par desde sucesso profissional, também encontrou o amor…

O que posso dizer é que, neste momento, sinto‑me muito bem nas questões do coração, muito feliz, mas nunca procurei entrar em grandes pormenores da minha vida.

Começou recentemente a viver sozinha…
É uma nova etapa na minha vida e estou a aprender a cozinhar lindamente. Estou a adorar a fase de viver sozinha, pois é uma sorte e um luxo ter este trabalho e ter a liberdade económica para poder ter a minha primeira casa.

“Nunca quis ser modelo”

Além de atriz, Júlia Palha ainda apresenta uma faceta de modelo, apresentadora e influencer. “O lado modelo foi um pouco uma consequência enquanto atriz, pois nunca quis ser modelo. Já o lado de apresentadora foi uma experiência que quero voltar a repetir, mas noutras vertentes, pois não tinha contacto direto com pessoas. O de influencer é também devido ao meu trabalho na representação.”

Texto: Mário Rui Santos
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