A Dica que Fica é o programa que Vanessa Rebelo, de 42 anos, apresenta no canal Casa e Cozinha desde 13 de junho. A designer de interiores, que desde muito nova se interessou por esta área, promete apresentar soluções para o lar, adaptadas ao atual contexto social e financeiro dos portugueses, em apenas cinco minutos. Tempo suficiente para a partilha de dicas e soluções que promovem a organização de cada divisão da casa.
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O formato, que marca a estreia da mulher de Simão Sabrosa em televisão, será exibido todas as segundas-feiras. “Uma casa bonita não é uma casa que pareça saída de uma revista, é uma casa que se pareça consigo”, defende a especialista. Conservação dos Alimentos ou As Cores da Casa são alguns dos temas abordados nos dez programas.
“Uma casa bonita não é uma casa que pareça saída de uma revista, é uma casa que se pareça consigo”
É a sua estreia em televisão. Aceitou o convite de imediato?
Digamos que consultei os meus managers em casa. Colocámos tudo em cima da mesa, analisámos e medimos o impacto, dado que enveredar por um projeto de TV, independentemente do formato, altera a nossa rotina. Apesar de espreitar sempre novas oportunidades e aventuras, tem de existir ponderação.
O que foi mais desafiante?
Gerir o meu tempo. Encaixar um novo projeto com exigências diferentes numa rotina, já por si, bastante preenchida. No entanto, diria: “prova superada” Estar em frente às câmaras também se revelou um desafio. É uma experiência nova e bastante diferente de fazer alguns lives. Exige um nível de produção mais elevado, tal como o resultado final.
Sempre gostou da área?
Desde bastante nova, sempre me inclinei para este mundo, tudo o que estivesse ligado às artes: fosse pintura, arquitetura ou design de interiores, no meu caso. No princípio, apenas fazia trabalhos de forma pontual, mas atualmente já existe uma regularidade, até porque há uma procura mais acentuada.
“Não pode faltar criatividade”
O que é mais difícil na decoração?
Reunir todas as ideias do cliente, que são normalmente muito diferentes no que toca a estilos, e criar uma harmonia entre aquilo que ele gosta, e o que na realidade vai funcionar. A parte do design é importante, mas o funcionalismo inerente também o é, embora dependa da ideia e do próprio cliente.
A nível de organização, o que devem ter em conta?
Apostar na otimização da arrumação é criar uma casa feliz e mais prática. É também importante compreendermos o espaço e as soluções que o mesmo oferece. A partir daí, podemos comprar as peças certas e mudar a organização da casa. Por exemplo, móveis que oferecem mais do que uma funcionalidade podem ser uma solução para certos espaços pequenos.
O primeiro programa é sobre os dez mandamentos da casa pequena. É preciso ter imaginação?
É preciso disponibilidade e criatividade para se transformar. Seja porque temos um budget apertado, ou porque queremos seguir à risca o que estabelecemos. A partir daí, existem dicas para poupar e deixar tudo elegante. O que não pode faltar é criatividade, pensar fora da caixa e colocar amor nas nossas ideias. O resultado final irá refletir isso.
As peças que não prescinde na sua casa
A designer de interiores refere que na sua habitação opta, maioritariamente, por madeiras e cimento. “O branco é a minha base. Relativamente a peças de arte, a escolha passa pelas esculturas”, conta Vanessa, que gosta de ter tudo “limpo e no lugar certo”.
Dicas: Primeira habitação
O melhor conselho que Vanessa dá a quem está a decorar a primeira habitação é apostar na simplicidade. “Menos é mais! Além disso, deve optar por tons claros e estabelecer um plano e prioridades. Começar, por exemplo, pelo essencial, depois passar para os acessórios, de forma a complementar as ideias mais complexas.”
Texto: Carla S. Rodrigues
Fotos: André Antunes e reprodução Instagram
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