Entre os vários tipos de cancro de pele, o melanoma é o que pode causar maior taxa de mortalidade. Tem cura, mas é preciso detetá-lo na sua fase inicial.
O melanoma maligno é um cancro cutâneo que surge nas células que produzem a melanina, e é um dos cancros mais graves e agressivos, cuja incidência tem aumentado cerca de 7% ao ano, duplicando em cada década. Geralmente não dá sintomas, contudo, o aparecimento de uma lesão escura da pele ou a alteração de um sinal preexistente deve alertar e ser observado por um dermatologista.
Surge fundamentalmente em pessoas de raça branca, onde os escaldões ou queimaduras solares, particularmente na infância, aumentam o risco de mais tarde se desenvolver este tipo de tumor.
Nos homens surge mais frequentemente no dorso, e nas mulheres, nas pernas. Contudo, a modificação de hábitos tende a alterar estas localizações.
Cancro de pele: Grupos de risco
Os grupos de risco são pessoas de pele clara, ruivas, loiras, com sardas, muitos sinais, histórias de queimaduras solares na infância e familiares com melanoma. Já os fatores de risco são pessoas com exposição solar intensa e de curta duração, frequência de solários e atividades ao ar livre. Qualquer lesão escura que surja de novo ou sinal que se modifique deve ser vigiado. Um sinal assimétrico, com bordos irregulares com mais de uma cor, com diâmetro superior a 6 milímetros e alguma elevação na sua superfície, pode corresponder a um melanoma, particularmente se evoluiu recentemente.
Cancro. Diagnóstico seguro
Em Portugal, na última década, a mortalidade aumentou cerca de 3% nos homens e 5% nas mulheres, no entanto, há uma ligeira prevalência no sexo feminino. Cerca de metade dos casos ocorre abaixo dos 40 anos de idade e só o tratamento cirúrgico é eficaz na cura do melanoma, que, quando detetado numa fase inicial, é curável e facilmente tratado por intervenção cirúrgica, feita com anestesia local, para garantir o diagnóstico seguro.
A melhor forma de prevenir o melanoma é evitar escaldões, particularmente na infância, evitar exposição solar na hora do almoço e fazer com regularidade o autoexame da pele.
COMO SURGE O CANCRO DE PELE?
- Num tecido normal da pele, um melanócito sofre uma mutação genética e torna-se canceroso.
- Forma-se um tumor que se expande para as células e os tecidos vizinhos.
- Devido à excessiva produção de proteínas, estas formam uma barreira que impede que as células do sistema imunitário ataquem o tumor.
- Através do sangue, grupos de células doentes instalam-se em distintas partes do corpo – são as chamadas metástases.
Fatores de risco: Pessoas de pele e olhos claros; Antecedentes familiares; Queimaduras solares durante a infância; Exposição solar prolongada; Pessoas com muitos sinais.
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