A notícia chegou esta tarde: Um paciente internado no Hospital de São João, no Porto, com coronavírus está livre do Covid-19. Trata-se do primeiro caso dado como curado entre os atuais 78 infetados por novo vírus.
Mas como se curou, afinal, esse paciente? Sem vacina nem medicação específica – laboratórios em todo o mundo estão a realizar esforços extra na procura de uma cura para esta pandemia -, o tratamento acaba por ser «dirigido aos sinais e sintomas que os doentes apresentam», lê-se no site da Saúde 24. «Ainda não existe tratamento específico para esta infeção, segundo a informação publicada», acrescenta.
Ou seja, o que os profissionais de saúde fazem é tratar a «febre, tosse, falta de ar (dificuldade respiratória) e cansaço», quatro das principais formas como o coronavírus se manifesta.
Recorde-se que esta doença transmite-se por gotículas respiratórias, contato direto com secreções infetadas e aerossóis em alguns procedimentos terapêuticos que os produzem (por exemplo as nebulizações).
De acordo com o boletim epidemiológico mais recente, Portugal registava 78 casos positivos. Foram já registados 637 suspeitos e há 4923 em vigilância.
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O meu cão e gato podem apanhar coronavírus?
Afinal, cães e gatos podem, ou não, ser infetados com o novo coronavírus? De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), não há, «de momento», «indicações de que animais de companhia ou de estimação, como cães ou gatos, possam ser infectados com o SARS-CoV-2».
É importante perceber, no entanto, que existem vários tipos de coronavírus: os alfa e beta, que infetam mamíferos, e os gama e delta, que atingem aves e peixes.
O chamado SARS-CoV-2, ou Coronavírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave 2, é o responsável pelo surto que já atingiu mais de 110 mil pessoas em todo o mundo. Pertence ao grupo beta e, tal como dissemos anteriormente, não há evidências de infetar animais de estimação.
Não quer isto dizer que cães e gatos não tenham coronavírus. Têm, mas não é o mesmo do que o dos humanos: O vírus que infeta os nossos bichos é do grupo alfa (e não do beta) e até a forma como os atinge é distinta.
«A família é a mesma, mas são de grupos diferentes e não se transmitem entre si», adianta um professor de microbologia em declarações a imprensa internacional. «O coronavírus em animais, mais especificamente em cães, gatos e bovinos, manifestam-se de maneira diferente do que os humanos», acrescenta.
Texto: Ana Filipe Silveira
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