Sara Barradas revela que sofreu de bullying na infância e recorda o apoio dos avós

Sara Barradas é a grande protagonista da novela Quer o Destino, da TVI, com estreia marcada para este domingo, 23 de março, e a atriz foi entrevistada por Fátima Lopes no programa Conta-me Como És deste sábado.

Numa conversa intimista, Sara falou sobre a sua infância, sobre o facto de ter começado a sua carreira com apenas 11 anos – na novela Amanhecer, na TVI – e confessou até ter sofrido de bullying em criança. «Os miúdos nestas idades são um bocadinho maldosos. O bullying de que se fala. Alguns miúdos queriam saber, mas outros, só porque eu era das novelas, mandavam umas bocas nos corredores», contou.

A morte do avô e a cumplicidade com a avó

Sempre ligada à família, um dos momentos mais difíceis por que passou foi a morte do avô. Em 2013, Sara estava a trabalhar numa novela e no teatro quando passou pelo momento delicado. «Quando o meu avô morreu, eu estava a gravar e estava a fazer teatro. Senti o apoio dos meus colegas, quando vamos para casa depois podemos chorar tudo. Mas quando estamos a trabalhar, o ator é um fingidor», explicou.

O divórcio do pais foi outro dos momentos marcantes da sua vida, mas, com 17 anos, a atriz teve a maturidade de perceber que era melhor assim. «Tinha 17 anos quando os pais se separaram. As pessoas, quando não estão bem, o melhor que fazem é separar-se», disse.

Apesar de ter mantido sempre uma postura serena, Sara não conteve as lágrimas ao ouvir a mensagem da avó, Amélia Dias. «A minha avó não consegue falar de mim sem chorar e eu também não. A minha avó é a representação da bondade e da ingenuidade das pessoas. É admiração. Mesmo quando a minha avó ralhava comigo, nunca me julgou», disse.

Os avós foram as pessoas que mais a apoiaram quando assumiu a relação com José Raposo, 28 anos mais velho. «Foram as pessoas a quem estava mais receosa de contar, mas foi o aposto. Para eles desde que estivesse feliz era o mais importante.»

A relação com José Raposo

A diferença de idades entre Sara Barradas, de 29 anos, e José Raposo, de 57, foi razão de muitos julgamentos. Fátima Lopes questionou se o facto de ter começado a namorar tão nova com um homem mais velho não a impediu a conhecer o mundo e ter mais experiências. «As pessoas que dizem isso só podem ser pessoas que não nos conhecem. Não me conhecem a mim, nem a ele, nem a nós. O Zé é das pessoas que mais me incentiva a abrir horizontes», afirmou, sem hesitações.

«Eu estive três meses a estudar no Brasil sem ele, porque ele não me pôde acompanhar. Ele também já esteve um mês e meio a fazer um filme. Nós já passámos fases em que não estamos juntos, se as pessoas se amam têm de se apoiar umas às outras.»

O início da relação

Sara e José conheceram-se em trabalho. A atriz recordou que os dois estavam a gravar a mesma novela e tentavam «invadir» os estúdios um do outro para estarem juntos. «Ainda não sei adjetivar. É um amor tudo. É um amor de há 27 anos. Nós sentimos desde o início que nos conhecemos de algum lado», afirmou, apaixonada.

Estão juntos há dez anos, mas este não era o «filme» que Sara se imaginava a viver. «Nunca me tinha posto nesse filme. Achava que ia casar aos 40 anos e ter filhos nessa altura só. Não era uma coisa que eu idealizava fazer tão cedo. Estava muito focada na minha profissão, família e amigos, o amor não era uma prioridade. Acima de tudo nunca tinha amado verdadeiramente.»

A vida como mãe de Lua

Mãe de Lua há um ano, Sara Barradas está rendida à maternidade. «É como se nascesse outra pessoa dentro de nós. Há duas Saras, acrescentei qualquer coisa. É outra noção da vida», disse, falando ainda do papel de José Raposo: «Ele diz que é completamente diferente. Não só por já ter sido pai há mais de 20 anos, mas também por ter sido de rapazes e agora de uma rapariga.»

Bem disposta, a atriz contou ainda que o companheiro é um pai… «distraído»: «Mete o babete ao contrário, a fralda ao contrário. Depois o chichi sai todo, lá tem de ir mudar de roupa outra vez. Em vez de dar o almoço em 20 ou 30 minutos, dá numa hora ou uma hora e meia. Mas faz tudo».