Rita Pereira está novamente no centro da polémica. Como muitos dizem, ou se ama ou se odeia, a verdade o nome da atriz causa sempre discórdia. Desta vez, a origem da polémica está no regresso de Rita Pereira ao trabalho 10 dias depois de ter sido mãe. A atriz teve Lonô no dia 27 de dezembro, e no dia 6 de janeiro já estava a apresentar a gala, em direto, de Dança Com As Estrelas.
Para muitas mulheres foi visto como um exemplo de garra, atitude, profissionalismo e amor, para outras foi visto como um atentado aos direitos da maternidade, adquiridos há anos. «Anda-se aqui a lutar pelos direitos da maternidade e depois vêm figuras públicas fazer o oposto! Desculpa Rita és linda, és uma lutadora pelos teus objetivos mas é esta a minha opinião!», escreve uma seguidora da atriz.
Indiferente à polémica, Rita mostra, nas redes sociais, como tem partilhado os cuidados do bebé com Guillaume Lalung e como quando não está nos ensaios do Dança, se dedica por inteiro a Lonô.
«Parabéns às mulheres que lutam pelos seus direitos»
Mas não é a única. Sim, porque são mulheres que criticam. Outra seguidora responde: «Obrigado por mostrares aos empregadores/patrões de Portugal que é perfeitamente normal uma mãe deixar o seu bebé para ir trabalhar (ou levá-lo atrás) naquele que deveria ser o período destinado à licença de maternidade. É por isto que se luta por mais e melhores condições e protecção na parentalidade.»
Há ainda, quem de forma irónica,insinua que Rita se sente mais realizada com a profissão do que com a maternidade. «Parabéns a todas as mulheres que lutam por ter mais horas com os filhos. Já que outras se sentem mais realizadas profissionalmente por terem o programa mais visto num domingo. Quando eu digo que o mundo já acabou e ninguém quer acreditar», lê-se. «Verdade é triste.. não acho normal voltar ao trabalho dez dias depois do parto !!!
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O que diz a lei sobre a Licença de maternidade
A Licença de Maternidade é também conhecida por Licença Parental e corresponde a um período de dispensa pós parto para que a mãe e/ou o pai possam cuidar do bebé. Esta licença é para trabalhadores dependentes, normalmente de 120 (4 meses) a 150 dias (5 meses) seguidos. Estes 30 dias de diferença podem ser gozados em simultâneo pelos pais,ou seja, 15 dias para cada um. Cada um destes períodos corresponde um valor de subsídio, pago pela segurança social.
«Ser mãe é não deixar de ser mulher»
Rita sente-se bem e mostra que é possível ser mãe e trabalhar ao mesmo tempo. Não esconde que lhe custa estar longe aquelas horas em que está a trabalhar, mas defende que não vem mal ao mundo. Há fãs que concordam e que a vêm como um exemplo. «Quando uma mãe que praticamente acabou de parir, tem muitas noites mal dormidas, se entrega desta maneira a algo, que se nota a olhos vistos que AMA… só pode resultar desta forma. Muitos parabéns… de facto a vida é para se viver e aproveitar ao minuto…e é assim que vejo a Rita», afirma uma seguidora.
Uma outra fã põe o dedo na ferida. «Quando somos mães, a sociedade diz que temos de estar lá a 100 por cento. Isso é ser uma boa mãe. E esquecem-se que ser mãe, é acima de tudo dar o exemplo em tudo e não apenas em parte das coisas», lê-se, acrescentando que «ser mãe é não deixar de ser mulher».
«É continuar a sentirmo-nos realizadas pessoal e profissionalmente, porque nós somos a soma das partes e eles crescem e resultam dessa energia, dessa força! E o amor que lhes chega vem com tudo, porque nós estamos verdadeiramente felizes e realizadas por conseguir ser e estar tal como idealizámos», finaliza.
Os comentários somam-se, mas Rita manteve-se em silêncio, preferindo estar dedicada ao filho.
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Texto: Ana Lúcia Sousa; Fotos: Arquivo Impala e reprodução redes sociais
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