Sofia Alves emocionou-se com final de A Serra e conta como foi gravar as cenas do lago congelado

Sofia Alves foi a grande vilã de A Serra, que terminou na sexta-feira (29) e emocionou os telespectadores. Os momentos finais da novela A Serra, SIC não deixaram ninguém indiferente pela história e pelos cenários, principalmente o lago montado para fazer de conta que estavam na Serra da Estrela no momento em que Fátima apanha Carlota a tentar fugir no meio da Serra da Estrela. As duas acabam por cair num lago congelado ao quebrarem o gelo. Os momentos de pânico seguem-se com Tomás a tentar salvar a amada e a vilã de morrerem congeladas e debaixo do gelo sem conseguirem sair.

Estas foram as imagens que o telespectador viu no ecrã nos momentos finais de A Serra. Mas, na verdade, o lago não existe, as cenas não foram gravadas na Serra da Estrela, a neve não caiu e a água estava à temperatura ambiente. Tal como a Maria já lhe tinha contado. O cenário foi totalmente montado para aquela cena e foram usados efeitos especiais.

Sofia Alves falou, em exclusivo, com a Maria e revelou como foi gravar estas cenas. “Para nós como profissionais foi magnífico, foi de facto uma experiência maravilhosa poder fazer as coisas e um final de novela com estes efeitos especiais todos nunca me tinha acontecido. Sem dúvda que vai ficar registado para sempre como uma dos finais mais divervetidos e ao mesmo tempo mais desafiantes. Trabalhar com a Júlia (Palha), com o José Mata, aquela equipa toda foi maravilhoso e foi a última cena de todas da Carlota. Foi o meu último dia de gravação. Muitos colegas acabaram mais cedo, mas foi o meu último dia, estava muito feliz e muito emocionada ao mesmo tempo”, partilha a atriz.

Sofia Alves conta ainda o que foi mais desafiante de gravar na cena em que Carlota foge, cai ao lago e acaba salva por Tomás. “O mais difícil é trabalhar num espaço cénico sem ter uma noção real de como ficará no pós produção depois de montadas as cenas com todos os efeitos técnicos. Para nós que estamos envolvidos na parte artística é muito gratificante ver o produto final já montado e a magia que acontece quando vai para o ar. São muitas pessoas envolvidas, muito tempo e trabalho, uma equipa enorme que está por trás para se fazer uma cena com esta dimensão”, sublinha Sofia Alves, para depois acrescentar:

“Já acabou a nossa Serra, foi incrível ver tudo montad. De facto quando estamos a gravar nós temos uma noção mas claro que é muito diferente quando vemos o resultado final, temos um story board onde temos mais ou menos a ideia, com o realizador e a equia de como vamos fazer as coisas, na dramaturgia como é que nós temos que reagir, mas de facto é impactante quando olhamos e vemos o resultado final. Ficou muito bonito, foi feito um decor especial, foi realizado pelo Jorge Queiroga e nós tivemos o dia todo para fazer aquelas cenas todas.”

Contactada pela Maria, a SP Televisao, produtora da trama escrita por Inês Gomes, fonte oficial conta que aquele cenário foi totalmente montado para aquelas cenas.

Veja aqui como tudo foi feito e como Sofia Alves gravou

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“Tudo foi gravado em estúdio, na Barroca d’Alva, em Alcochete. Foi feito um buraco no chão com uma retroescavadora e depois foi tapado com uma lona azul, com placas de glicerina e água a cobrir todo o buraco. Usamos ainda, em algumas partes, acrílico adereçado com neve para dar o efeito do gelo. A glicerina foi utilizada na parte em que os atores precisavam de cair no buraco simulando o quebrar do gelo, uma vez que o acrílico não o permitia e podia magoar os atores”, explicou-nos fonte da produção.

Este décor demorou dois dias a ser feito, “a piscina tinha 2 metros de profundidade e uma área de 3 metros de diâmetro”. “A água estava a temperatura natural. A neve foi feita através de efeitos especiais”.

As cenas demoraram um dia a serem gravadas. Depois de as cenas gravadas todo o décor foi desmontado.

Veja todas as imagens na galeria em cima

Final de A Serra

Ao longe, a observar a discussão entre a mãe e a filha, Fátima consegue ligar à inspetora Cristina, mas a chamada cai. Em seguida, percebe que Carlota ( Sofia Alves )já está sozinha e que Mariana se foi embora. A vilã prepara-se para fugir a pé e a queijeira decide aparecer. “Carlota!”, grita. Esta vira-se, perplexa.

“Nem pense que a deixo fugir! Vai pagar na prisão pela morte do Artur”, avisa Fátima, que a tenta agarrar, mas a empresária empurra-a e foge. A jovem corre atrás dela. Carlota, ainda fragilizada pela intoxicação, para, cansada. Ouve os passos de Fátima e tenta correr, mas chega à lagoa gelada. Encurralada, decide avançar, a medo. “Não! Não vá por aí! O gelo é fino demais”, alerta a tia de Anabela.
Carlota dá uns passos no gelo, que começa a estalar por baixo. De repente, quebra-se, abre-se um buraco e ela cai. A vilã vem à superfície, em choque térmico, a hiperventilar. Agarra-se à placa de gelo, aflita, tentando subir, mas não consegue. “Socorro! Ajuda-me!”, pede.

“Agarre aqui! A minha mão!”, grita Fátima. Tomás surge ao fundo no momento em que a amada tenta chegar a Carlota, mas o gelo parte mais e ela cai para a água. Desaparecem as duas. O socorrista está em pânico, mas reage de forma profissional. Olha em redor e vê o ramo de uma árvore caído. Vai apanhar o ramo. Entretanto, a jovem vem à superfície, aflita com o choque térmico, e a vilã surge também.

“Presa no gelo”

Fátima agarra-se à placa de gelo. Tomás tenta chegar-lhe o tronco, para ela agarrar, mas Carlota apoia-se nela e empurra-a para baixo, para tentar subir, mas escorrega. Desaparecem as duas. Ele estica-se e coloca o ramo na água. Sente alguém a agarrar. É Carlota. Ele consegue puxá-la e depois avança de novo para o buraco no gelo. “Fátima!”, grita desesperado.

Fecha os olhos, por um instante, sem saber o que fazer. Quando os abre, vê-a debaixo da placa de gelo. Ela agita-se e bate no gelo. Ele “tateia” na água, até conseguir apanhá-la. Puxa-a com força, até a tirar do gelo. “Arrasta-a” até estarem em segurança. Ela parece inconsciente. “Fátima, olha para mim! Fátima, estás a salvo! Vais ficar bem, vais ficar bem.” A queijeira abre os olhos, gelada. “Diz-me que ela não morreu…”, sussurra.

“Amo-te. Amo-te tanto”

Deitados no gelo, Tomás aponta e Fátima olha para Carlota, deitada, com o corpo todo a tremer, mas consciente. Ela sorri, a tremer e cansada. O amado abraça-a e revela: “Amo-te. Amo-te tanto.”

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