Saúde e Bem-Estar

Doença de Alzheimer: estas são as palavras e os gestos que deve evitar

21 Setembro, 2019

Cuidar de alguém com esta doença é uma tarefa difícil, que requer total dedicação. Mas será que os familiares estão preparados?

Em Portugal, estima-se que mais de 180 mil pessoas padeçam com esta condição.

A comunicação ou falta dela pode ser um grande desafio tanto para o cuidador como para o doente.

Isto porque torna-se difícil compreendê-los mas também estes fazerem-se compreender e como tal, é essencial que se aprenda a comunicar e a lidar com estes doentes, de forma a melhorar a sua relação e a tornar o dia-a dia menos stressante.

Erros a evitar

  • Falar rápido e dizer «não»

Sempre que falar com uma pessoa que sofra da doença de Alzheimer deve fazê-lo de forma calma e tranquila – evite pressas. Por outro lado, as frases devem ser curtas, claras e diretas para facilitar a compreensão por parte do doente.

Evite utilizar a palavra «não», principalmente no início de uma frase, uma vez que estes doentes muitas vezes não registam as primeiras palavras de uma frase, ou seja, «não te sentes aí» pode ser entendido como «senta-te aí».

  • Fazer gestos e tons excessivos

Quando fala com um doente com Alzheimer deve ter cuidado com a sua própria linguagem corporal, ou seja, a posição dos braços e mãos, sorrir exageradamente ou não o suficiente. Evite falar alto ou gritar com a pessoa, pois os gestos e tons de voz excessivos podem assustar o paciente.

Hábitos a fomentar

  • Recordar o passado

A doença de Alzheimer é irreversível e quem dela sofre irá perder, progressivamente, a sua memória de curto prazo, prevalecendo a memória de longo prazo.

Por isso, e para assegurar a comunicação com a pessoa, quem fala com ela deve adaptar-se a esta nova realidade – apesar disso implicar conversas sobre coisas que aconteceram há 30 anos, terá a vantagem de manter o doente alerto e comunicativo.

  • Assuntos interessantes

    Comente o que está a dar na televisão, as pessoas que estão a passar na rua ou assuntos em que a pessoa sempre teve grande interesse. Por vezes, o doente quer apenas ouvir uma voz amiga – leia-lhe um livro, revista ou jornal em voz alta.
Veja também: Testemunho de um cuidador de doente de Alzheimer: «Há momentos que o desespero toma conta de nós»
Texto: Mário Rui Santos | Fotos: Pixabay

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