Existem de vários tipos e tamanhos para diferentes níveis de volume e alongamento. A escolha depende do resultado que pretende obter. Prometem realçar o olhar e a beleza natural do rosto e há quem diga que dão um toque especial de sofisticação.
Estamos a falar, claro, das pestanas artificiais que são apresentadas como a solução ideal para quem tem as pestanas finas, com pouco volume, e para quem pretende obter um olhar mais intenso.
O resultado estético é a principal motivação para recorrer a este serviço cada vez mais comum mas há riscos em causa que deve conhecer. O site da revista Maria falou com o oftalmologista Luís Gouveia Andrade, que esclarece as dúvidas mais comuns.
Quais são os riscos mais comuns na aplicação de pestanas falsas?
«A aplicação de pestanas falsas implica o recurso a colas que podem interferir com a normal produção de lágrima, com a função de barreira mecânica exercida pelas pestanas e que permitem a aderência de microrganismos e poeiras com consequente risco de infecção, como a conjuntivite bacteriana, a blefarite, uma infeção das pálpebras ou a queratite que afeta a córnea.»
E se forem aplicadas incorretamente?
«Uma pestana mal colada pode soltar-se para dentro da pálpebra ou inverter a sua orientação ficando a apontar para dentro e não para fora. Nesses casos, poderá ocorrer a sensação de um corpo estranho ou mesmo uma lesão da córnea, o que pode afetar a visão.»
Desaconselha o seu uso?
«Como médico oftalmologista, não existe nenhum cenário em que se possa recomendar o uso de pestanas falsas, uma vez que elas servem um propósito meramente estético e não terapêutico.»
Em que casos devemos mesmo evitar o seu uso?
«Pessoas com doença ocular prévia, alergia ocular, pessoas que usam lentes de contacto ou que têm secura ocular. Nestes casos, todos estes riscos estão acrescidos.»
Que cuidados devemos ter após a sua aplicação?
«Caso sejam utilizadas, é importante uma manutenção cuidada e regular, para remover as pestanas mal coladas ou os restos de cola que podem persistir. Igualmente importante é procurar um médico oftalmologista, sempre que surgirem sintomas como desconforto, vermelhidão, sensação de ardor ou de corpo estranho, comichão, secreção e diminuição da visão.»
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Texto: Sofia Santos Cardoso | Fotos: Istock
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