Hoje em dia com 18 anos, Rúben Conceição recebeu uma notícia inesperada aos oito, quando lhe foi dito que teria de deixar de jogar futebol. Foi-lhe diagnosticado um problema do coração, uma miocardiopatia não compactada, doença, aliás, hereditária e que afeta, também o pai do bailarino.
Assim que a doença foi descoberta, o sonho de ser um grande futebolista terminou.
Foi nessa altura que a dança surgiu. A mãe dava aulas desta modalidade e após a experimentar, Rúben rendeu-se. Sendo um desporto menos agressivo do que o futebol, os médicos permitem que o rapaz dance e a equipa que o acompanha garante que a situação está controlada.
Ainda assim, Rúben não esconde ter receios e sempre que dança fá-lo como se fosse a última vez. “Tenho sempre muito receio que os médicos algum dia digam que não posso continuar. É viver um dia de cada vez. O meu medo é mesmo ficar sem a dança”, assume. “A dança faz-me mesmo muito feliz”, acrescenta.
O desejo agora, é poder continuar a dançar e vencer o Got Talent Portugal para chamar à atenção da importância da dança, uma vez que acha que esta em relação a outras modalidades, como o futebol por exemplo, é pouco valorizada em Portugal.
Irmão é motivo de orgulho
Rúben tem aulas de dança e começou recentemente também a dar aulas. Treina cerca de cinco horas por dia, mas ainda assim, arranja tempo para acompanhar o irmão mais novo, de 12 anos, que segue aquele que era o seu sonho e do seu pai: é futebolista.
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Texto: Catarina Martins; Fotos: Madalena Esteves/Fremantle
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